sexta-feira, janeiro 22, 2010

Os piscinões que deverias ser a solução do problema de enchentes em São Paulo amanheceu coberto de lixo. Só no Ceagesp foram recolhidas toneladas de detritos.
A água ainda não baixou porque as bombas responsáveis por tirar a água que se acumula com o excesso de chuva estavam com defeito desde a madrugada de quinta-feira.

Pela marca na parede, percebe-se que a água passou de dois metros de altura. As máquinas trabalham, mas ainda tem água.

Os piscinões que deverias ser a solução do problema de enchentes em São Paulo amanheceu coberto de lixo. Só no Ceagesp foram recolhidas toneladas de detritos.

Esse lixo jogado nas ruas é uma das principais causas de enchentes.

Represa Guarapiranga, 17 quilômetros de extensão. Segundo maior sistema produtor de água de São Paulo que abastece 20% dos paulistanos.

Cidade de São Paulo, dezessete mil toneladas de lixo por dia. Um quilo e meio para cada morador que nem sempre se preocupa em fazer a coisa certa.

Na rua, os coletores encontram sofá, cabeceira de cama, colchão, tudo jogado. Trabalho que às vezes machuca. “Isso foi uma madeira pesada que eu fui jogar, muito pesada e acabou machucando o braço. Tem que tirar, se não tirar pode entupir o bueiro, o córrego”, fala Jucélio Soares, ajudante geral.

O trabalho do pessoal que faz a limpeza da represa Guarapiranga é feito numa embarcação. São quatro coletores que ficam das sete da manhã até as quatro da tarde só recolhendo o lixo que encontram na represa.

Em 9 horas de jornada, eles encontram de tudo: cabeceira de cama, lâmpada, bolsa, tênis, pneu, almofada e muitas garrafas plásticas. Algumas tão sujas que nem os coletores de reciclagem aceitam.

É tanto lixo estranho que foi criado até um museu: impressora, televisão, toca discos, móveis, fogão... Tudo o que foi encontrado nas águas da Guarapiranga.

No ponto de encontro da represa com um córrego é onde há uma concentração maior de lixo. Os coletores nem conseguem descer do barquinho para recolher. Eles usam a rede e rapidamente ela fica cheia.

Lixo na represa deixa a água mais suja e cara. Embaixo fica uma parte do sistema de captação da água. O lixo interfere na produção de água tratada.

Cada pedaço de plástico ou sujeira que para na grade de tratamento vai reduzindo volume de água captado. Aí, o sistema tem que gastar mais energia para manter o mesmo volume.

“Quanto mais lixo, mais caro, mais difícil tratar a água”, explica Gesner Oliveira, presidente da Sabesp.

Em três anos foram retiradas 132 toneladas de lixo da represa. Dá para encher duzentos e oitenta e três caminhões. Por incrível que pareça técnicos e coletores estão otimistas. Eles dizem que o lixo está diminuindo e tem esperanças. “Se continuar, com certeza vamos alcançar”, diz José Evanildo, coletor.

2 comentários:

Andre Pinto disse...

Gabriele,
Parabéns pelo seu blog! Muito bem feito mesmo! Te hospedarei no meu (nosso) blog!
Abraços
Andre Pinto.

Anônimo disse...

Gabriele,
Parabéns pelo seu blog! Muito bem feito mesmo! Te hospedarei no meu (nosso) blog!
Abraços
kamylly lauanne

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....enquanto houver vc do outro lado Aqui do outro eu consigo me orientar...!Obrigada pelo comentário seja bem vindo a parte de mim....